Chegou o dia de começar a caminhar. Acordamos cedo e finalmente partimos para o nosso primeiro percurso de 15km.
Um dia lindo de céu azul, quente e com um vento agradável.Os carregadores partiram na frente levando nossas roupas e alimentos que iremos cozinhar nos abrigos durante sete noites.
Nosso amigo Pedro parte na frente e durante a caminhada vai narrando sobre as párticularidades do Cabo da Boa Esperança.
- O Local não foi escolhido por acaso. O grosso da navegação entre a Ásia e a Europa passa pelo Cabo da Boa Esperança. Por isso mesmo o local era um dos prediletos dos submarinos alemães incumbidos de afundar embarcações destinadas a abastecer a Inglaterra na Segunda Guerra Mundial. O abrigo Erica, onde pernoitamos, foi construído nesse período para alojar a guarnição da bateria cuja missão era localizar e por a pique esses submersíveis. Não há ponto em toda a Península que comande vista mais ampla. A Guerra acabou mas a vista é eterna.
- Fazer a trilha passar pelo Centro de Visitantes é uma bela estratégia de manejo. Convida o excursionista a ler sobre a história, as atrações e os desafios do Parque que percorre.
Aproveitamos o pit-stop e fomos observar os painéis com gráficos bem elaborados onde está explicado o processo de reintrodução de antílopes na Reserva do Cabo da Boa Esperança. Também ali estão explanados os males causados por espécies exóticas como o gato doméstico, a cabra himalaia , o eucalipto e a acácia, que sem controle, poderiam se expandir sobre o ecossistema de fynbos, que é o menor e mais diverso reino floral do planeta.
Até aqui estávamos ótimos, primeiro dia de caminhada por uma trilha bem manejada, limpa e sinalizada nos convidava ao êxtase e o mar apesar de frio estava cada vez mais convidativo. Quase quatro horas de caminhada e chegamos ao último trecho onde poderiamos tomar um banho de mar. A "Venus Pool", uma piscina natural de pedras foi iressitível e todos foram dar um tibum. Água gelada "freezen" do índico para mim e Sandra se tornou um banho de gato bem aproveitado em quanto Pedro não hesitou em dar vários mergulhos.
Agora é hora de voltar a subir. Um trecho bastante ígreme mas, concebido em ótimo zigue-zague e degraus de contenção e ótimos canais de drenagem confeccionados com pedras com objetivo de terem longa vida. Em algumas árreas podemos encontrar intervenções de concreto muito bem camufladas pela ação das emtemperes. Apesar de ter um uso intenço, atrilha se apresenta em ótimo estado de conservação.
Chegamos a um monumento que nosso amigo não tardou a explicar:
- Este monumento erigido pelos colonizadores flamengos a Vasco da Gama, que foi um dos primeiros marujos a dar a volta redonda ao Cabo.
O dia vai passando e as canelas vão dando os primeiros avisos de cansaço, quando Sandra viu mais uma subida íngreme desabafofou:
- Isto não acaba!? Pedro, cadê o abrigo?!
- Calma Sandrinha, de acordo com o mapaa, já está chegando, do alto deste morro veremos o abrigo, assim espero!
O Sol já começava a baixar e nós partimos para o abrigo onde nossas roupas e alimentos esperavam por nós, parecia um sonho!
Chegamos cansados mas, foi só tomar um banho preparar uma boa janta e dormir como anjos.
próxima vamos mostrar como é caminhar pela crista de uma montanha entre o Atlântico e o Índico.
Abraços,
Ivan, Sandra e Pedro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário