sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Brasil larga na vanguarda do plástico verde

Alguns anos atrás, o Brasil assumiu a liderança do mercado mundial de biocombustíveis com a cana-de-açúcar, matéria-prima mais eficiente e barata na produção de etanol. A tecnologia fez com que o modelo brasileiro fosse estudado em todo o mundo. A partir desta sexta-feira, a planta vai colocar o País mais uma vez em destaque, só que desta vez com um novo produto: o plástico verde.

A petroquímica Braskem vai inaugurar oficialmente nesta sexta-feira no polo de Triunfo, no Rio Grande do Sul, uma fábrica com capacidade para produzir 200 mil toneladas de resina plástica feito a partir da cana-de-açúcar. "O plástico verde vai colocar o Brasil numa posição privilegiada no mercado", disse José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). "Vamos oferecer plástico comum, feito com combustível fóssil, e plástico verde, produzido a partir de cana-de-açúcar".

O plástico verde da Braskem tem a aparência e as propriedades de um polietileno comum. Ele pode ser usado na fabricação de qualquer produto que usa esse tipo de polímero: frascos, embalagens, sacolas, peças de automóveis e móveis. A semelhança é tão grande que, para diferenciá-lo, a empresa vai colocar um selo onde se lê "I'm Green" (Sou Verde, em inglês).

A diferença do plástico verde está no processo produtivo, que usa uma fonte de energia renovável para produzir o gás eteno. Num primeiro momento, a capacidade de produção será modesta: apenas 3% do total de polímeros feitos pela Braskem. "É um mercado jovem, mas muito promissor", afirmou Ruy Chammas, vice-presidente da unidade de polímeros da empresa. "O tema sustentabilidade tem um apelo muito grande".

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