domingo, 7 de março de 2010

Pedra da Gávea: Lendas e Histórias

A Pedra da Gávea além de sua beleza diferenciada possui tantas lendas e histórias que poderia muito bem ser chamada de Montanha das Lendas. Tantas histórias não foram criadas por acaso, devem-se, antes de mais nada, à sua beleza, imponência e uma forma que lembra o rosto humano.


Separamos para este post as lendas e histórias mais marcantes que melhor representam a Pedra da Gávea.

Os fenícios estiveram aqui
Há quem garanta ser a Pedra da Gávea o túmulo de um Rei Fenício.
As inscrições na Pedra, seu formato e as faces esculpidas dão força a esta teoria.
LAABHTEJ BAR RIZDAB NAISNEOF RUZT
Alguns sinais da Pedra da Gávea chamaram a atenção do Imperador D. Pedro I,
embora existam documentos da época do descobrimento que já faziam referência a estes sinais.

Em 1963 o arqueologista e professor Bernardo A. Silva traduziu as inscrições:
LAABHTEJ BAR RIZDAB NAISINEOF RUZT
Lidas de trás para a frente:
TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL
Tyro Phoenicia, Badezir primogênito de Jethbaal
Em 856 AC Badezir assumiu o lugar de seu pai no trono real de TYRO.
Poderia ser a Pedra da Gávea um túmulo fenício?
Sítios fenícios foram encontrados em outros pontos do Brasil, o que confirma que eles estiveram por aqui.
O mistério continua.
Enquanto não aparecem novas evidências,
a face de Badezir continuará a observar a maravilhosa paisagem do Rio de Janeiro
e a guardar seus segredos pela eternidade.

Não existe no Brasil uma montanha que tenha tantas histórias envolvendo misticismo e fantasias. Tudo começou com uns sulcos verticais e paralelos que cobrem uma faixa na rocha que forma a Cabeça do Imperador. No início do século XIX, um padre resolveu olhar a Pedra da Gávea de binóculos e pensou que os sulcos eram inscrições que poderiam provar que o Brasil tinha sido descoberto muito antes dos portugueses. Mandou avisar Dom João VI. Em 1839, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro sugeriu que se fizesse um estudo minucioso da Pedra da Gávea, mas o problema era o acesso complicado. Uma comissão foi formada e enviada ao local, mas os participantes nem chegaram perto das inscrições porque elas ficam no topo de um paredão de noventa graus de inclinação e suspensas sobre um abismo de centenas de metros. Apenas observaram com binóculos, fizeram algumas considerações e acreditaram ser realmente letras do alfabeto fenício já desgastadas pelo tempo.

A Cabeça do Imperador, que forma o topo da Pedra da Gávea, parece com uma gigantesca esfinge e para muitos, ela foi esculpida pelos fenícios para louvar o imperador Badhezir. A figura lembra um homem barbudo e sobre a cabeça, há umas pedras que, segundo alguns crentes, teriam sido também esculpidas pelos fenícios para reproduzir uma coroa. De acordo com eles, com o tempo, 2.800 anos depois de ter sido esculpida, a esfinge foi se deteriorando pela erosão. Em 1963, um arqueólogo conhecido como Bernardo A. S. Ramos chegou a decifrar as ditas inscrições, traduzidas como Tyro Phenícia Badhezir Primogênito de Jathbaal.

Muitas pessoas acreditavam que existiam cavernas que se ligavam a outras civilizações. Em 1937, um grupo resolveu explorar os Olhos do Imperador. Fizeram do topo uma descida de 160 metros com cordas, passando pelos olhos. Entretanto, isso soa estranho porque mesmo com material moderno é difícil descer um rapel com tal extensão, porém, esta é a história. Foi verificado que não havia caverna nem passagem alguma. Em 1960, seis escaladores do Centro Excursionista Rio de Janeiro abriram uma via horizontal que passa pelos olhos (Passagem dos Olhos) e o objetivo deve ter sido o mesmo, explorar o lado místico da Pedra da Gávea, porque conquistar escalada horizontal não faz sentido, especialmente para a época. Apesar de não terem encontrado absolutamente nada, muitos continuaram acreditando que existia um mundo subterrâneo denominado de Mundo de Agarta, que possuía entradas em vários lugares do planeta, como nas pirâmides do Egito e no Brasil. Aqui existiriam três entradas: em Sete Cidades (PI), na Serra do Roncador (MT) e na Pedra da Gávea (RJ).

Anteriormente a 1928 havia sido organizada uma excursão, com a participação de um arqueólogo e três engenheiros, para examinar o portal da Pedra da Gávea, que realmente se parece muito com uma porta gigante, medindo aproximadamente 10 m de altura e 7 m de largura. A conclusão foi de que não existia porta alguma, entretanto, outros trabalhos paralelos e não científicos foram feitos e mostravam desenhos de câmaras ocas, túneis, túmulos etc. Esses túneis teriam a entrada no Portal e dariam acesso à cidade subterrânea de Shambalah.

Também acreditava-se que existiria uma passagem subterrânea do topo da Pedra da Gávea que ligava às Ilhas Tijucas, situadas a 4 quilômetros de distância. Uma outra saída ou entrada, estaria situada numa gruta da Praia da Joatinga. Mais uma expedição foi averiguar e nada foi encontrado. Além disso, tentaram de todas as formas ligar a Pedra da Gávea a achados ainda sem explicações em outras partes do mundo. Um outro grupo de pessoas acreditava que a Pedra da Gávea fazia parte de uma das rotas de OVNI, e muitos diziam já terem visto luzes estranhas circundando a montanha. Assim fizeram uma ligação com os fenômenos que supostamente ocorriam no Triângulo das Bermudas. Segundo eles, nessa montanha esses fenômenos seriam comuns, como aberrações eletromagnéticas que inutilizam bússolas e aparelhos eletrônicos.

Em agosto do ano 2000, um grupo que incluía geólogos levou um equipamento de geofísica para o cume, com o qual é possível conhecer um pouco da estrutura interna da rocha. Com o resultado, eles provaram que a Pedra da Gávea é sólida e não existe nenhum túnel. Ou se perdeu tempo nessa brincadeira, ou estavam somente aprendendo a lidar melhor com o equipamento, num tipo de treinamento. As ditas inscrições são apenas sulcos ou canaletas verticais que se encontram numa faixa horizontal menos resistente da rocha, que são comuns em várias outras montanhas do Rio de Janeiro.

A Luz Verde...1937.
Dois jovens pesquisadores resolvem passar a noite na Pedra da Gávea. Milhões de estrelas são vistas no céu do Rio de Janeiro, então uma cidade livre da poluição. No meio da madrugada avistaram uma misteriosa luz verde que saía de uma fenda. O que poderia ser aquilo? De imediato os dois foram ao referido local verificar o que poderia ser aquela misteriosa luz. Ao entrarem na fenda, se depararam com um estranho ambiente com várias estátuas humanas. Uma nova luz muito forte fez com que ambos desmaiassem. Ao acordarem, já com dia claro, eles desceram e trataram de contar o fato à imprensa. Um jornal se interessou pela história e acertou com eles uma visita ao local de onde a tal luz verde saía. Ao voltarem à Pedra da Gávea veio a desilusão, não conseguiram achar a tal fenda e muito menos o ambiente onde tinham visto as estátuas humanas. Posteriormente os dois enlouqueceram e foram internados na colônia Juliano Moreira (Jacarepaguá), onde viveram seus últimos dias, jurando terem vivenciado a história que contaram para os jornais. Verdade ou ilusão? Como diz o ditado popular: "Só Deus sabe".

A EscadariaExiste uma gruta tipo sifão na parte onde o maciço toca o mar, com a parte abobadada acima do mar e com ventilação natural, onde se encontra uma escadaria em sentido ascencional, que segundo consta, levaria ao interior da Pedra. O caso mais conhecido referente a esta escadaria é o de dois rapazes que faziam caça submarina e ao encontrarem a entrada para esta gruta, resolveram entrar. Decidiram subir os degraus da escadaria e a última coisa que se lembram é de perderem os sentidos. Quando acordaram, estavam no topo da pedra a 842 metros de altitude.

Nenhum comentário:

Postar um comentário