quinta-feira, 18 de março de 2010

Banheiro descartável custa alguns centavos e pode ajudar no montanhismo !!!

Galera,
Olha só que novidade legal acabei de encontrar sobre saneamento básico, algo muito importante para o nosso planeta e para nós amantes das aventuras ao arlivre. O texto não é tão longo e muitíssimo interessante. Vale a pena ler.

Depois aproveitem e mandem um comentário...

(Favela no Quênia)

Sacola onde são depositadas as fezes é biodegradável. Invenção foi pensada para favelas do Quênia, mas tem potencial para reduzir ou até eliminar o efeito mais desagradável do montanhismo. Talvez assim despareçam os famosos “bosteiros“ que cercam os acampamentos nas montanhas mais procuradas. Um empreendedor sueco está tentando produzir e comercializar uma sacola plástica biodegradável, que funcionaria como banheiro descartável para favelas urbanas no mundo em desenvolvimento.


Uma vez usada, a sacola pode ser amarrada e enterrada. Uma camada de cristais de ureia quebra os dejetos e os transforma em fertilizante, matando os elementos patogênicos - causadores de doenças - encontrados nas fezes.

A sacola, chamada de Peepoo, é criação de Anders Wilhelmson, arquiteto e professor de Estocolmo. 'Ela não é somente sanitária', afirmou Wilhelmson, que patenteou o produto. 'Também pode ser usada para cultivar plantações'.

Em sua pesquisa, ele descobriu que favelas urbanas do Quênia, apesar de densamente povoadas, possuíam espaços abertos onde os dejetos poderiam ser enterrados.

Ele também descobriu que habitantes de favelas locais coletavam seus excrementos num saco plástico e se dispunham deles arremessando-os, o que chamavam de 'banheiro voador' ou 'banheiro helicóptero'.

(Favela no Quênia)

Centavos de dólar
Isso inspirou Wilhelmson a projetar o Peepoo, uma alternativa ambientalmente correta que, segundo ele, seguramente trará lucro. 'As pessoas dirão: ´Isso tem valor para mim, mas com um preço bom', explicou.

Seus planos são vender as sacolas por 2 ou 3 centavos de dólar - comparável ao custo de um saco plástico comum.

No mundo em desenvolvimento, calcula-se que 2,6 bilhões de pessoas, ou cerca de 40% da população mundial, não tenham acesso a banheiros, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

VOCÊ SABIA?!

A empresa Rigel Technology, de Cingapura, apresentou um banheiro de 30 dólares que separa os dejetos sólidos dos líquidos, transformando o lixo sólido em adubo.

A Sulabh International, empresa sem fins lucrativos da Índia e sede da Cúpula Mundial do Banheiro de 2007, está promovendo diversos banheiros de baixo custo, incluindo um que produz biogás a partir dos dejetos. O gás pode, então, ser usado na cozinha.

Entretanto, Therese Dooley, conselheira sênior de saneamento e higiene da UNICEF, afirmou que inculcar hábitos de saneamento não era uma tarefa fácil. 'Isso exigirá uma grande mudança comportamental', afirmou Dooley.

Ela acrescenta que, embora 'o setor privado possa desempenhar um papel de destaque, ele nunca chegará à base da pirâmide'.

Uma população considerável, pobre e sem educação, ainda será deixada sem banheiros, segundo Dooley, e ONGs e governos terão de se empenhar mais na distribuição e educação.

Enquanto isso, Wilhelmson segue em frente com seu Peepoo.

Após testar o produto com sucesso por um ano no Quênia e na Índia, ele contou que pretende massificar a produção da sacola neste verão.

Fonte: Sindya N. Bhanoo do New York Times e G1.com

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