segunda-feira, 8 de março de 2010

Fauna e Flora da Pedra da Gávea

Fauna
Após sofrer grande ação de caçadores, desmatamento e incêndios, a fauna existente no Parque Nacional da Tijuca e especialmente a Pedra da Gávea por não haver fiscalização, sofreram grande alteração durante os últimos 400 anos, o Parque não apresenta todos os animais que caracterizam sítios similares da encosta atlântica da Serra do Mar.
Ocorrem numerosos insetos, aranhas e outros artrópodes diversos; cobras como caninanas, corais, jararaca, jararacuçus; lagartos como calangos, iguanas, teiús; como saíras, rendeiras, tangarás, arapongas, beija-flores juritis, gaviões, urubus, urus, jacupembas, inhambus-chintã; mamíferos como sagüis, macacos-prego, cachorros-do-mato, quatis, guaxinins, gatos-do-mato, pacas, ouriços-coendu; caxinguelês, tapitis, tatus, tamanduás-mirim, gambás, etc., entre milhares de exemplares de uma fauna que se esconde do visitante ou é noturna.
Nas trilhas da Pedra da Gávea ainda podemos avistar com frequência os macacos pregos, quatis, jaracas, corais, saguis, tamanduás, gambás e caxingulês além tucanos e tangarás.



Flora
Primitivamente todo o Parque esteve coberto por densa cobertura florestal do tipo de Mata Tropical Pluvial. Historicamente, tal floresta foi quase que inteiramente substituída, em razão da retirada de madeira de construção para o Rio, lenha e carvão para consumo de numerosos engenhos de cana-de-açúcar, olarias e fins domésticos, bem como da expansão da lavoura cafeeira em quase todas as áreas.
Em meados do século 19, a Floresta da Tijuca praticamente havia desaparecido, devastada para se plantar café. Mananciais que abasteciam a cidade também estavam morrendo. Diante do desastre, a área é desapropriada e o Barão do Bom Retiro, ministro de Pedro II, designa Manuel Gomes Archer administrador da Tijuca com mais seis escravos para iniciarem o trabalho de reflorestar toda a área devastada.
Monumento aos escravos que reflorestaram a Floresta da Tijuca, localizado no Centro de Visitantes.
Em seguida, foram plantadas milhares e milhares de mudas de árvores, trazidas das áreas vizinhas (Pedra Branca, Guaratiba, etc.). A partir do século XIX, a Natureza veio retornando a área e hoje temos o Parque quase que totalmente florestal, com uma flora rica e diversificada. Murici, ipê-amareio, ipê-tabaco, angicos, caixeta-preta, cambuí, urucurana, jequitibá, araribá, cedro, ingá, açoita-cavalo, pau-pereira. cangerana, canelas, camboatá, palmito, brejaúba, samambaiaçus, quaresmeiras, caetés, pacovas, líquens, musgos, etc. são algumas das milhares de espécies vegetais que formam a complexa floresta do Parque.
Há que se distinguir a introdução de flora exótica, hoje aclimatada em sua maioria, como dracenas, bambus, beijos freira, jaqueiras, mangueiras, fruta-pão, jambeiros, jabuticabeiras, cafeeiros, etc. Ainda existem resquícios das matas originais nos pontos de difícil acesso.
Podemos encontrar árvores de todos os portes e uma floresta exuberante na vertente da Barra. Também encontramos algumas bromélias e orquídea, como a Laelia Lobata, que só é encontradas na Pedra da Gávea. Já a vegetação do topo da montanha está bastante prejudicada pelo próprio usuário ou por vários incêndios intencionais e os causados pelos balões, vem descaraterizando este lugar tão especial.
Na parte baixa da montanha podemos encontrar grande quantidade de jaqueiras (espécie exótica) que infelizmente ja começa a causar inpacto negativo na vegetação local.
A direção tenta realizar periodicamente um trabalho de anelamento nestas árvores afim de controlar o rápido crescimento das éspecies invasoras.

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