INTRODUÇÃO
A trilha da Pedra da Gávea vem sendo ao longo dos anos uma das trilhas mais visitadas do Parque Ncaional da Tijuca e do pais, tendo sido já registrado em seu platô cerca de 200 excursionistas em um único dia de domingo. Por estar situada no Setor C, distante alguns quilometros da sede administrativa do Parque onde fica situado o QG da fiscalização (praticamente inexistente), a trilha raramente recebeia qualquer tipo de fiscalização ou monitoramento oficial do Parque. As várias trilhas que partem de luxuosos condomínios, estradas próximas ou comunidades carentes que se instalaram em torno do Parque também são de grande relevância no fator "lotação" das trilhas da P. Gávea.
O fácil acesso ao início da trilha por meio de veículos particulares ou transportes coletivos permitem que muitos visitantes cheguem facilmente ao início da trilha.
Por se tratar de uma trilha de forte aclive e muito próxima ao mar, as águas pluviais constantemente escoam pelas trilhas em grande volume e velocidade causando grande impacto em suas trilhas. Esta erosão pluvial costuma causar grande impacto erosivo o que acaba induzindo os excursionistas a procurarem caminhos menos escorregadios para sua ascenção. O resultado mais comum para esta equação é a formação de longos atalhos impactantes à fauna e flora ao redor da trilha.
O alto grau de depredação por parte dos visitantes também vem a ser um fator de grande contribuição para a degradação da trilha. Pelo fato de quase não haver a presença institucional do Parque nesta montanha, é comum observar que os visitantes desconheçam a existência de uma uniddae de conservação no local.
- Objetivos do projeto.
Após anos caminhando pelas trilhas da Pedra da Gávea e sempre observando a degradação crescente, o Grupo Terralimpa em parceria com o Parque Nacional da Tijuca e amigos voluntários dão início em 2004 ao projeto de revitalização e recuperação das trilhas da Pedra da Gávea. Um dos objetivos principais do projeto era diminuir o impacto ambiental por erosão que em grande parte era causado pela intensa visitação e principalmente por falta de manutenção periódica por parte do Parque.
- Confecção de degraus de contenção de erosão.
A recuperação dos trechos erodidos e escorregadios através de degraus de contenção e estacas foram amplamente realizados. Desta forma os excursionistas poderiam transitar normalmente pela trilha sem causar impacto na mesma e também evitariam que procurassem ou formassem atalhos erosivos a fim de facilitar sua ascenção. Inicialmente trabalhamos com troncos de madeira "Sabiá" no tamanho de 75,0cm de comprimento e 10,0 a 15,0 cm de diâmetro. As estacas de "maçaranduba" tem em média 35,0cm de comprimento e os mais diversos diâmetros. Nos trechos mais distantes onde gastávamos em média duas horas para chegar ao ponto de trabalho percorrendo a trilha de forte aclive carregando o material nas mãos e em mochilas carrgueiras o que causava um desgaste muito grande por parte dos voluntários, acabamos substituindo estes degraus de "Sabiá" por degraus feitos de caibros de "Maçaranduba" (7,0 x 4,0) e 90,0cm de comprimento.
Após anos caminhando pelas trilhas da Pedra da Gávea e sempre observando a degradação crescente, o Grupo Terralimpa em parceria com o Parque Nacional da Tijuca e amigos voluntários dão início em 2004 ao projeto de revitalização e recuperação das trilhas da Pedra da Gávea. Um dos objetivos principais do projeto era diminuir o impacto ambiental por erosão que em grande parte era causado pela intensa visitação e principalmente por falta de manutenção periódica por parte do Parque.
- Confecção de degraus de contenção de erosão.
A recuperação dos trechos erodidos e escorregadios através de degraus de contenção e estacas foram amplamente realizados. Desta forma os excursionistas poderiam transitar normalmente pela trilha sem causar impacto na mesma e também evitariam que procurassem ou formassem atalhos erosivos a fim de facilitar sua ascenção. Inicialmente trabalhamos com troncos de madeira "Sabiá" no tamanho de 75,0cm de comprimento e 10,0 a 15,0 cm de diâmetro. As estacas de "maçaranduba" tem em média 35,0cm de comprimento e os mais diversos diâmetros. Nos trechos mais distantes onde gastávamos em média duas horas para chegar ao ponto de trabalho percorrendo a trilha de forte aclive carregando o material nas mãos e em mochilas carrgueiras o que causava um desgaste muito grande por parte dos voluntários, acabamos substituindo estes degraus de "Sabiá" por degraus feitos de caibros de "Maçaranduba" (7,0 x 4,0) e 90,0cm de comprimento.
- Drenagem
As drenagens foram inicialmente confeccionadas com troncos de "Sabiá" cortados no sentido longitudinal com o comprimento de 1,50 metros e estacas de maçaranduba. Depois passamos a utilizar a Maçaranduba para confeccionar as drenagens.
- Instalação de sinalização indicativa e educativa
Usamos o padrão de sinalização utilizadas pelo PNT (Setas de madeira "Ypê" com nomes pintados e verniz de proteção). Também utilizamos pregos de cobre que não enferrujam e assim não fazem mal às árvores. Placas de PVC com textos educativos em recorte eletrônico e laminadas com vinil transparente para protegê-la de pixações e auxiliar em posteriores limpezas. Setas amarelas e vermelhas foram pintadas em rochas e árvores ao longo da trilha principalmente próximo a bifurcações. Os tótens da entrada da trilha foram recuperados e adicionado mapa da trilha.
- Educação ambiental
As drenagens foram inicialmente confeccionadas com troncos de "Sabiá" cortados no sentido longitudinal com o comprimento de 1,50 metros e estacas de maçaranduba. Depois passamos a utilizar a Maçaranduba para confeccionar as drenagens.
- Instalação de sinalização indicativa e educativa
Usamos o padrão de sinalização utilizadas pelo PNT (Setas de madeira "Ypê" com nomes pintados e verniz de proteção). Também utilizamos pregos de cobre que não enferrujam e assim não fazem mal às árvores. Placas de PVC com textos educativos em recorte eletrônico e laminadas com vinil transparente para protegê-la de pixações e auxiliar em posteriores limpezas. Setas amarelas e vermelhas foram pintadas em rochas e árvores ao longo da trilha principalmente próximo a bifurcações. Os tótens da entrada da trilha foram recuperados e adicionado mapa da trilha.
- Educação ambiental
Hoje o visitante recebe sacolas oxibiodegradáveis com textos educativos ao passarem pela guarita no início da trilha (regras de boa conduta em Parques).
- Fechamento de atalhos, correção dos agentes de erosão reorganização do traçado original da trilha.
Para os fechamentos de atalhos utilizamos arames galvanizados, placas de sinalização, cercas confeccionadas com bambus nativos e principalmente plantio de mudas que foram retiradas das proximidades. Troncos e serrapilheira (resto de folhas e galhos) foram amplamente utilizados. Os fechamentos de atalhos normalmente ocorrem em 04 etapas:
- 1ª Etapa
Recuperação ou reabertura do traçado original deixando-o ápito para receber com segurança e comodidade os excurcionista sem causar impacto ao local. Neste caso normalmente utilzamos degraus de madeira para conter a erosão.
- 2ª Etapa
Fechamento do atalho por meio de arames, cordas, bambus, arames, placas e etc...
- 3ª Etapa
Descompactação do solo com ferramentas. Plantio de mudas existentes no entorno, camuflagem com serrapilheira para que o atalho perca a aparência de trilha transitável.
- 4ª Etapa
Manutenção periódica do fechamento do atalho até os excursionistas voltarem a se habituar com o "novo" traçado. Obs. A manutenção nos seis primeiros meses é fundamental para o sucesso do fechamento do atalho. Normalmente os excursionistas que frequentam assiduamente o local, tendem a querer continuar a transitar pelo atalho fechado, muitas vezes ignorando, furtando ou danificando as placas indicativas. - Pegadores metálicos
Para os fechamentos de atalhos utilizamos arames galvanizados, placas de sinalização, cercas confeccionadas com bambus nativos e principalmente plantio de mudas que foram retiradas das proximidades. Troncos e serrapilheira (resto de folhas e galhos) foram amplamente utilizados. Os fechamentos de atalhos normalmente ocorrem em 04 etapas:
- 1ª Etapa
Recuperação ou reabertura do traçado original deixando-o ápito para receber com segurança e comodidade os excurcionista sem causar impacto ao local. Neste caso normalmente utilzamos degraus de madeira para conter a erosão.
- 2ª Etapa
Fechamento do atalho por meio de arames, cordas, bambus, arames, placas e etc...
- 3ª Etapa
Descompactação do solo com ferramentas. Plantio de mudas existentes no entorno, camuflagem com serrapilheira para que o atalho perca a aparência de trilha transitável.
- 4ª Etapa
Manutenção periódica do fechamento do atalho até os excursionistas voltarem a se habituar com o "novo" traçado. Obs. A manutenção nos seis primeiros meses é fundamental para o sucesso do fechamento do atalho. Normalmente os excursionistas que frequentam assiduamente o local, tendem a querer continuar a transitar pelo atalho fechado, muitas vezes ignorando, furtando ou danificando as placas indicativas. - Pegadores metálicos
A principal finalidade do pegador metálico não é de facilitar a progressão de excursionistas menos preparados, e sim evitar que eles saiam da trilha principal. A instalção destes grampos são realizadas basicamente com a finalidade de sugerir um caminho menos danoso ao meio ambiente a ser preservado com um menor pisoteamento da vegetação às margens do traçado original da trilha, com o consequente alargamento da mesma; Normalmente estes grampos são instalados em rochas com o auxílo de furadeiras a bateria onde a trilha possui aclive muito acentuado e de pouca aderência. Muitas vezes quando somos abordados na trilha, normalmente explicamos que não se faz necessário a instalação destes facilitadores metálicos e que só fariamos a instalação se houvesse o perigo de haver pisoteamento da vegetação às margens da trilha ou risco eminente de vida. - Voluntariado
O Projeto está sendo quase todo realizado por mão de obra voluntária, tendo o Parque Nacional da Tijuca cedido algumas vezes equipes para trabalhar na trilha. A maioria dos voluntários são de clubes excursionistas, simpatizantes, ONGs, e amigos em geral. - Apoio moral e material
Para compra de material utilizado nos trabalhos de campo, contamos com a ajuda de algumas lojas de montanhismo e outras iniciativas privadas que simplismente acreditam no trabalho voluntário e ajudam com suas possibilidades sem nada pedir em troca, além do apoio material que alguns voluntários sedem ao projeto.
- Resultados
Após cinco anos de Projeto , podemos perceber uma enorme melhoria em vários trechos da trilha.
- Grande aceitação do projeto por parte dos excursionistas que frequentam as trilhas;
- Recuperação de boa parte da vegetação no interior dos atalhos que foram fechados;
- Término da erosão em grande parte dos trechos trabalhados;
- Grande melhoria na drenagem de toda extensão da trilha;
- Preservação da vegetação ao redor da trilha;
- Menor índice de acidentes;
- Maior facilidade e rapidez de acesso a vários pontos da trilha por parte de equipes técnicas e fiscalização do Parque e também de busca e salvamento;
- Conscientização da importância do trabalho voluntário em unidades de conservação.
Uma das principais conquistas foi a instalação de uma guarita de fiscalização do parque no início da trilha na estrada Sorimã com vigilantes de plantão 24h.
- Algumas conclusões- A boa utilização do trabalho voluntário depende muito mais de planejamento, organização, comando e metas claras do que grande quantidade de voluntários na trilha. O bom trabalho voluntário como todo trabalho em equipe depende de uma boa administração.
- Os pegadores metálicos são muito mais eficientes do que cabos de aço ou correntes fixadas para ascenção, além de baixo custo de manutenção.
- Mudas retiradas do entorno dos locais a serem plantados tem muito mais chanse de vingarem do que mudas trazidas de viveiros longe da área a ser plantada.
- Acreditamos que este trabalho de recuperação da trilha utilizando essencialmente mão de obra voluntária possa ser utilizado em várias unidades de conservação já que o número de pessoas que desejam ser voluntárias em Parques é significativa e levando em consideração uma boa estrutura organizacional.
Após cinco anos de Projeto , podemos perceber uma enorme melhoria em vários trechos da trilha.
- Grande aceitação do projeto por parte dos excursionistas que frequentam as trilhas;
- Recuperação de boa parte da vegetação no interior dos atalhos que foram fechados;
- Término da erosão em grande parte dos trechos trabalhados;
- Grande melhoria na drenagem de toda extensão da trilha;
- Preservação da vegetação ao redor da trilha;
- Menor índice de acidentes;
- Maior facilidade e rapidez de acesso a vários pontos da trilha por parte de equipes técnicas e fiscalização do Parque e também de busca e salvamento;
- Conscientização da importância do trabalho voluntário em unidades de conservação.
Uma das principais conquistas foi a instalação de uma guarita de fiscalização do parque no início da trilha na estrada Sorimã com vigilantes de plantão 24h.
- Algumas conclusões- A boa utilização do trabalho voluntário depende muito mais de planejamento, organização, comando e metas claras do que grande quantidade de voluntários na trilha. O bom trabalho voluntário como todo trabalho em equipe depende de uma boa administração.
- Os pegadores metálicos são muito mais eficientes do que cabos de aço ou correntes fixadas para ascenção, além de baixo custo de manutenção.
- Mudas retiradas do entorno dos locais a serem plantados tem muito mais chanse de vingarem do que mudas trazidas de viveiros longe da área a ser plantada.
- Acreditamos que este trabalho de recuperação da trilha utilizando essencialmente mão de obra voluntária possa ser utilizado em várias unidades de conservação já que o número de pessoas que desejam ser voluntárias em Parques é significativa e levando em consideração uma boa estrutura organizacional.
O projeto continua sendo realizado em fins de semanas alternados.
Para quem desejar saber mais ou ajudar de alguma forma é só entrar em contato pelo e-mail:
Por:
Ivan Amaral
Nenhum comentário:
Postar um comentário